Sound System: essências, potências e resistências.

 

 

 

 

 

 

 

Sound system, Jamaica, década de 80. Extraída do encarte do álbum "Rub-A-Dub-Soldiers" (Paris, Makasound, 2007). Foto: Beth Kimgston.

Sound system, Jamaica, década de 80. Extraída do encarte do álbum "Rub-A-Dub-Soldiers" (Paris, Makasound, 2007). Foto: Beth Kingston.

 

Sound system pode ser entendido literalmente como uma aparelhagem sonora, caseira ou profissional. Mas na Jamaica tem significados que vão muito além do equipamento. Dubdem tem seu próprio jeito de significar o sound system, originado da experiência e aprendizado que tivemos na ilha caribenha e também nos muitos anos de pesquisa.

 

As viagens para a Jamaica em 2006, 2009 e 2011, foram essenciais para compreendermos algumas destas essências. Vimos sound system de todos os jeitos: aqueles grandes que tem seus próprios caminhões para carregar a parede de som e outros que tocavam com duas caixas pequenas, em cima de uma mesa de bar de uma esquina em Downtown. Festas bombadas no Stone Love, clássicos em Raetown, gigs em Negril com Lazeme e African Rootz. Até no meio do mato, em Port Antonio, com céu cheio de estrelas, três Rastas curtindo o som e mais uns poucos senhores jogando gamão. Vamos entrar um pouco nessa vibe e compartilhar nossa leitura sobre esse fenômeno e potência caribenha que na esteira do reggae se expandiou no mundo e contribuiu para fazer da Jamaica uma fonte cultural global.

 

Na Jamaica, sound system é um evento cultural de rua, clubes, praias ou qualquer lugar onde seja possível ligar as caixas de som e tocar música, principalmente o reggae. Como um samba de roda brasileiro em que amigos se juntam numa mesa de bar e sai som até com caixa de fósforo. No reggae é um pouco diferente e a festa não é exatamente com banda, mas uma discotecagem que é conduzida pelas equipes de som, com o selector (seletor das músicas); DJs e MCs, que animam a pista de dança e improvisam no microfone quando entra um dub (versão instrumental); além da colaboração de toda equipe de técnicos.

 

Surge naturalmente nas celebrações coletivas que aconteciam nos guetos de Kingston dos anos 50,  como um movimento subversivo pela emancipação da expressão artística popular de raiz africana. Até meados dos anos 70, a cultura do gueto era considerada ameaçadora para o establishment das instituições domimantes do sistema pós-colonial e o sound system chegou até a ser proibido. Mas se o reggae não tocava nas rádios, nas ruas se potencializava. Sound system se tornou a rádio e a voz do povo, ao vivo, em forma de festa e ainda com perseguição da polícia. 

 

No meio do fervor cultural dos guetos, não demorou muito para o mercado da música popular jamaicana se estabelecer na ilha e internacionalizar seus limites. A produção musical sempre foi muito intensa, desde os anos 70 e o sound system tem grande participação nessa história.

 

Foi depois da internacionalização do reggae com artistas e bandas como Jimmy Cliff, Bob Marley & The Wailers, Peter Tosh, Johnny Nash, Ken Boothe e tantos outros, que expressões artísticas autóctones como o sound system e o próprio reggae foram superando o preconceito, conquistando cada vez mais seus espaços e tornando-se expressões autênticas do espírito jamaicano. Em comum, a origem nos yards dos guetos, onde efervecia a criação e mistura das músicas de origem africana, ancestrais e modernas.

 

Sound system foi e ainda é um fenômeno essencial para os rumos e história do reggae, dando origem a diversos estilos e constituindo sua própria cultura. A partir dos anos 60, a Jamaica vê surgir uma grande quantidade de equipes de som, algumas que se tornaram lendárias, como: Studio One, Tubby´s, Volcano, Stur Gav, Youth Promotion entre outras. Deste intenso movimento cultural dos guetos jamaicanos, começam a surgir frutos que expadiram a dimensão semântica do reggae em diferentes experiências. 

 

 

Sound system: espalhando sementes criativas nos guetos


No fim dos anos 60, surge um novo estilo deste ambiente de bailes jamaicanos, o toasting, fruto do improviso de artistas no microfone durante a festa (na Jamaica conhecidos como "djs"). Era uma espécie de karaokê que, com o tempo, acabou se profissionalizando. Eles faziam uma apresentação singular quando o selector colocava uma faixa instrumental. Esses improvisadores eram também enterteiners e singjays que  logo se tornariam lendas da história musical jamaicana como: I Roy, U Roy, Trinity, Dillinger, Ranking Toyan, Jah Thomas, Clint Eastwood, Ranking Joe, Ranking Dread, King Yellowman entre tantos outros, cada um atuando emdiferentes equipes de som. Com o dj, o improviso virou um teor do sound system. Quando acontece, não é um evento formal, que segue scripts. É momento, ação, movimento. Acontece.

 

Do universo da pista de dança, os jamaicanos foram atribuindo termos para descrever o estilo que agitava as festas. Nos anos 80 o rub a dub, uma subcategoria do reggae que indica músicas com influência do funk e soul, em que baixo e bateria definem o corpo do riddim. Mais tarde, ainda nos anos 80, surge o termo dancehall, para designar essa "música de pista".

 

Muitos hoje entendem dancehall como uma criação contemporânea do século XXI, mas desde aquelas épocas, nos idos dos 80s, nomes como Wayne Smith, Half Pint, General Trees, Nicodemus, Super Black, Robert Ffrench, Carl Meeks etc, já estavam esquentando o beat junto com produtores e bandas instrumentais como a lendária Roots Radics.

 

Essa história do dancehall, que nasce das pistas de dança, tem marcos importantes como o laçamento de "Sleng Teng", de Wayne Smith (1984), riddim produzido por Prince Jammy que marcou o início da era digital no reggae e popularizou o discípulo de King Tubby, que também adotou para si o título de rei. King jammy é um dos tantos pais e mães do dancehall contemporâneo.

 

Nos anos 80, o estilo "dj" jamaicano se difundiu nos guetos de Nova Iorque e se misturou com os beats do funk e hip hop, dando origem ao rap. O principal ativista sound system do Brooklin foi o jamaicano Kool Herc, que também impulsionou a criação do "scratch". 

 

O futurismo junto com o improviso é outra essência reggae-sound system. Mais que um mercado de LPs, a música jamaicana da época já acontecia na comercialização e compartilhamento da música ao modo analógico, assim como vemos hoje com as plataformas digitais. Na Jamaica não tem muito essa de direito autoral com a melodia instrumental. Foi assim que começou a cultura do "riddim", uma base instrumental que é cantada por diferentes artistas e interpretada por diferentes bandas.


 


 

 

 

 

É comum na discografia reggae encontrar álbuns com mais de 10 tunes com o mesmo riddim, interpretada por diversos cantores. Essas bases instrumentais, ou dubs, eram testadas na gig sound system e aquelas que emplacavam geravam mais versões e releituras. Com o tempo alguns riddims se tornaram clássicos e acabaram recebendo apelidos, geralmente extraídos da primeira version gravada. Algumas músicas chegam a ter mais de 500 versões, como o clássico Real Rock (referência à tune "Armagideon Time", de Willie Williams, lançada em 1977 pelo Studio One).

 

Mas a produção também sempre foi muito rica e nunca faltou música nova nas paradas e nas pistas. Como vocês sabem, o reggae ganhou o mundo e o sound system participa da evolução desse  movimento, impulsionando a produção musical independente, o surgimento de selos e bandas históricas como Roots Radics, Revolutionaries, Aggrovators, High Times etc.

 

Também o dub é um estilo variante do reggae que surge no início dos anos 70 junto com o sound system. Na Jamaica os discos de 7" eram muito populares, mais baratos e acessíveis. No lado B do disquinho, as gravadoras começaram a prensar a versão instrumental do reggae, já pensando em alimentar a sound system com bases pra improvisos dos djs.

 

Eis que pela primeira vez na história da música mundial o engenheiro de som, além de técnico, passa também a ser criador e artista. Lendas como King Tubby, Lee Perry, Harry J, Augustus Pablo, Yabby You, Scientist, King Jammy e muitos outros gravaram seus próprios discos, com suas interpretações sobre a música. E dessa onda criativa surge o uso de efeitos, ecos, reverbs, laser, inversões, cortes de canais e pirações de muitos tipos. O dub é como o resultado de uma experiência em um laboratório de invenções de um cientista maluco. 

 

Os criadores-dub trouxeram uma visão futurista e até científica para a música, desenvolvendo seus próprios aparelhos de efeitos, tornando-se experts em domar e extrapolar frequências sonoras. Com as influências e mudanças de estilo do reggae, nos anos 80 os dubs eram uma viagem sonora complexa por toda sua simplicidade. Pode parecer contraditório, mas muitas tunes eram praticamente baixo, bateria e efeitos. E dessa combinação simples, cientistas com suas mãos mágicas criavam uma música sem voz, poderosa, que quando se escuta vai lá dentro e move a alma. Augustus Pablo dizia que dub é a poesia sem palavras. Acresentamos que essas palavras não ditas, quando ressoam lá dentro, envolvem corpo, organismo e mente. Como uma nave espacial pronta pra te levar pra outros mundos. 

 

O dub é um outro grande exemplo da potência criativa do gueto jamaicano que rendeu muitos frutos, sendo o berço, por exemplo, do que hoje se conhece como música eletrônica. Assim como outros estilos do reggae, o dub acabou se difundindo também pelo mundo e revelou talentos em diversos lugares como Mad Professor, Bullwackie, King Culture, Dennis Bovell, Jah Shaka etc.

 

Desde os anos 60, o fenômeno sound system se espalhou também pela Inglaterra, a "Jamaica-européia". Nos guetos, muitas equipes de som também começaram a se formar e marcaram a história do reggae inglês. Desenvolveram um estilo próprio, com as misturas e influências da música preta inglesa, punk rock, soul e posteriormente música eletrônica, dando origem a subestilos como o dubdstep. Mas suas raízes remontam à outro subestilo originado na Jamaica, o rockers, que se caracteriza por um beat mais sincopado, constante e pesado. Nomes e bandas como Augustus Pablo e Revolutionaries (banda que tinha formação a dupla Sly & Robbie) marcaram esta fundação.

 

Na Inglaterra, sound systems como Jah Shaka, Channel One UK, Improvisators, Alpha & Omega, Aba Shanti e tantos outros, se tornaram fundações do reggae europeu contemporâneo. O país  também foi cenário de surgimento de grandes artistas, djs, bandas, cantores, variando dos estilos reggae-militante ao lovers rock.

 

Destas origens, principalmente depois dos anos 90, o reggae se estabeleceu como ritmo popular em nível global e o sound system, apesar de até hoje circular pelo mundo underground, se profilerou. Muitos selectors e equipes de som dentro e fora do eixo-origem Jamaica-Inglaterra se tornaram lendas como David Rodigan (UK) e Mighty Crow (Japão). Hoje tem sound system em países como Índia, França, Colômbia, Brasil, Àfrica do Sul e até Coréia do Sul.


 

 

 

 

Capa do álbum "Rock With Papa Madoo", D. Music, 1981.

Capa do álbum "Rock With Papa Madoo", D. Music, 1981.

 

 

Duke Reid´s, pioneiro dos sound system jamaicanos, 1957. Foto extraída do livro "The Rough Guide To Reggae", de Steve Barrow e Peter Dalton, 2004, p. 11.

Duke Reid´s, pioneiro dos sound system jamaicanos, 1957. Foto extraída do livro "The Rough Guide To Reggae", de Steve Barrow e Peter Dalton, 2004, p. 11.

 

 

A disputa entre as equipes de som na Jamaica, os famosos clash são comuns e históricos, mas o reggae, apesar de ter sido até hoje um ritmo underground, sempre teve seu lado competitivo e também do business. Por um lado, essa competição fomentou produções musicais, internacionalizou o ritmo, fez evoluir, expandir o movimento, revelar talentos, equipes, formar torcidas organizadas e influenciar a criação de outros estilos. Ao mesmo tempo, há várias histórias de disputas acirradas, algumas que extrapolaram os limites do bom-senso, como sempre parece acontecer em mercados que seguem com entusiasmo as proposições do modo capitalista.

 

Mas na Jamaica fomos em busca da essência. Aprendemos que no dancehall (pista de dança), sound system é o momento de sentir energias positivas, conhecer músicas, ouvir mensagens, trocar ideias e dançar, solto, agarrado ou no passinho, em ambientes como uma rua em Downtown ou uma praia de Negril, com barracas de jerk (churrasco tradicional) e outras atrações. 

 

Como dissemos antes, durante décadas o sound system era uma festa marginalizada e chegou a ser proibida por ser subservisa demais para um governo opressor como o jamaicano e o inglês dos "anos de chumbo" da guerra fria. Hoje, há sound system em todo lugar do mundo, cada um com seu estilo, a maioria realizando o trabalho árduo de difundir a cultura reggae de maneira independente.

 

É o reggae que liga todo esse "mundo sound-system". Na Jamaica, também tocam muita música preta de outros estilos, mas o reggae, em suas multiformas é que move os passos. E quando descobrimos sua origem percebemos que o ritmo, envolvente, é uma expressão que tem seu fundamento no heartbeat que conecta a lembrança da raiz africana.

 

Por mais que seja uma celebração alegre, pra juntar a galera e curtir o momento com boa música, Red Stripe e churrasco ao modo jerk, devemos lembrar que o sound system era a rádio viva do gueto, difundindo a filosofia original do reggae, associada ao Rastafari e o posicionamento de resistência frente às atrocidades de um sistema governado por mentes colonizadoras, querendo impor modos de comportamento, nem que seja na base da opressão, violência e morte.

 

Quantos ativistas deram a vida pela causa, juntando música, militância e literatura. Essa fusão deu origem a outro subestilo: o dub poetry, ou poesia dub, em que poetas declamam sobre bases instrumentais de dub. Prince Far-I e Michael Smith são dois exemplos de violência extrema que tenta calar a voz do gueto. Se apresentavam na sound system e soltavam o verbo. Foram perseguidos, torturados, assasinados. Vale também destacar e pesquisar a história de artistas como Mutabaruka, Linton Kwesi Johnson, Yasus Afari, Oku Onuora, Queen Majeeda e outros.

 

Na veia do reggae corre o sangue da luta contra a babilônia, a consciência de existência em coletivo e a Natureza, a orientação ao pensamento crítico. Reggae é anti-establishment por natureza. É resistência desde sua origem. Também é potência cultural popular e vanguarda criativa.


 

 

 

 

Reggae não é mainstream, é rua, gueto, sound system, realidade, ancestralidade e espiritualidade. essências que estão em seu DNA. Observando essa história rica em significado, pode-se sentir essas essências ainda presentes em alguns lugares da Jamaica, apesar de hoje se notar uma corrente disassociação de  suas origens.

 

Sound system, na leitura Dubdem, então, é muito mais que o aparelho sonoro e a própria música. É essa magnitude que se expande a partir do reggae, revelando a história de um povo com passado de luta contra o sistema opressor, assim como no Brasil, África e demais países das diásporas.

 

Sound system é efeito da potência da criação popular como resistência. É uma festa, não uma disputa pela tune mais rara ou o grave mais pesado. O mais importante é a essência "nyahbingi" que está no espírito jamaicano: a confraternização, o momento, troca de energia. É o momento, experiência que envolve música, confraternização social, realidade, misturas, ritmos envolventes e muita vibe. Também é um difusor de música independente, que não toca em rádio e nem na TV, 

 

Imagine a potência de um evento desse, com riddims que envolvem corpo, mente e alma; frequências do heartbeat que nos conectam com o estado "irie" e as origens ancestrais. Ao mesmo tempo uma mistura de ativismo,  letras sobre a história de luta do povo contra o sistema opressor, mensagens de resistência e consciência coletiva. Além do tema espiritual e o lovers rock, sempre presentes. 

 

Tem muito sound system na Jamaica no estilo dancehall "gangsta", e respeitamos todos os estilos. Na visão Dubdem, a Jamaica foi a inspiração para difundir aqui no Brasil esse conceito essencial da resistência com positividade, do nosso jeito. Nossa influência é o rub a dub e a festa não é só música, também tem informação, história e outras experiências.

 

Nossa ideia é que o sistema de som é o meio para difundir músicas e também mensagens e que, tudo isso combinado, formam uma potência. Música boa, envolvente e dançante, informação, cultura e resistência, tudo junto, atraído pelo reggae e seu magnetismo que flui nas frequências do grave e nos transportam para uma viagem sem roteiro. É também conexão e integração, da mente com o corpo, da ideia com a experiência, do indivíduo com o coletivo, do idealismo com a realidade, do ancestral com o contemporâneo. Vanguarda é a experiência, o sentir, interagir e o viver. Sound system é um meio que contribui para essa integração.

 

É importante destacar que existem muitas ideias, conceitos e visões filosóficas diferentes. Essa é a leitura Dubdem sobre o sound system jamaicano e suas origens. Não é uma tese, mas nossa impressão particular, que queremos compartilhar. Por isso, a sugestão é que você experimente todos que puder, com seus estilos diferentes. E também aproveite para curtir a Dubdem Reggae Difusora, que tenta reproduzir um pouco desse sentimento.

 

Pull up selector! Solta a tune, faz vibrar as estruturas e abre as fissuras para a descoberta desses novos mundos.

 

 

 Deloris Anglin. "First Action of Splashdown at Cornwall Beach", 1991

Reprodução de quadro da artista jamaicana rastafari Deloris Anglin. Título: "First Action of Splashdown at Cornwall Beach', 1991. Extraído de "Rastafarian Art", de Wolfgang Bender, Ian Randle Publishers, 2005. pag. 92. 

Sound syste, década de 80. Foto: Roy Sweetland.

Sound system, década de 80. Foto: Roy Sweetland.

Sound syste, década de 80. Foto: Beth Lesser. Extraídas do livro "King Jammy´s", de Beth Lesser (Toronto, 2002).
Sound syste, década de 80. Foto: Beth Lesser. Extraídas do livro "King Jammy´s", de Beth Lesser (Toronto, 2002).

Sound system, década de 80. Foto: Beth Lesser. Extraídas do livro "King Jammy´s", de Beth Lesser (Toronto, 2002).

Raetown sound system, Jamaica, Downtown, Kingston

Raetown, Downtown, Kingston, Jamaica, 2009. Na seleção, reggae e soul anos 70 e 80, Horace Andy, Delroy Wilson, James Brown, Curtis Mayfield etc. Foto: FabDub.

 African Vibez, Negril, Jamaica, 2009. Na seleção, dancehall 80, 90 e atual (Half Pint, Pinchers, Richie Spice, Buju, Sizzla, etc). Foto: FabDub.

 African Vibez, Negril, Jamaica, 2009. Na seleção, dancehall 80, 90 e atual (Half Pint, Pinchers, Richie Spice, Buju, Sizzla, etc). Foto: FabDub.

 African Vibez, Negril, Jamaica, 2009. Na seleção, dancehall 80, 90 e atual (Half Pint, Pinchers, Richie Spice, Buju, Sizzla, etc). Foto: FabDub.

 African Vibez e Lazeme preparando o sistema, Negril, Jamaica, 2009. Foto: Dubdem.

 

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